A Juventude e o Movimento Estudantil Universitário!
Jovem e a Política
Por Dayane N. Bovolim (*)
Ano de 1992, um fato inédito estava prestes a entrar para a história: o Movimento dos “Caras-Pintadas”. Tinha eu apenas 11 nos de idade. Pouco entendia de política. Mas, assim como centenas de jovens e estudantes, cabulava aula para participar de passeatas pró-impeachment do então presidente da República, Fernando Collor de Mello.
Não entendia muito sobre democracia, leis e tampouco sobre corrupção e economia. Mas tinha o senso de que havia algo que estava maculando a moral da nação e incomodando nosso povo.
Resolvo retroceder um pouco mais na história nacional, mais precisamente para o ano de 1968, período da Ditadura Militar.
E me deparo com outra mobilização jovem, o “Movimento Estudantil”. Este, em parte movido pela ideia Marxista – que propugna uma sociedade sem classes, igualitária, justa – e ainda tomados pela crença da liberdade de expressão e contra a censura, lutavam contra o regime ditatorial. Lamentavelmente, em dezembro de mesmo ano, o Ato Institucional nº 5 (o AI-5), à custa de tortura, chantagens e espancamentos, abafava o movimento.
E, por fim, vem em minha memória o cenário da Independência do Brasil, ano de 1822, quando o jovem D. Pedro I, na condição de Príncipe Regente, nomeado por seu pai D. João VI, às margens do rio Ipiranga bradava o grito de liberdade “Independência ou Morte”. Configurava, desta forma, o fim do domínio da corte portuguesa sobre o país e a autonomia política brasileira.
Alguém vai perguntar: O que tem em comum os “Caras Pintadas”, “Movimento Estudantil” e a Independência? Todos foram fomentados por jovens, que, movidos pelo sentimento de patriotismo, pela crença em um futuro melhor, deixaram de ser espectadores para serem protagonistas da história política nacional.
(*) Estudante do 3º ano de medicina da Uniderp
(Fonte: www.waldemirmoka.com.br)